07/07/06

Palavras

"Ao Jeito de Alternativa"

O tema tauromáquico tem, nos últimos anos, apaixonado uma pleíade de artistas plásticos que, apesar das mais variadas opções estéticas, lhe vieram dar uma lufada de alegria e de ar fresco.

O Jorge Alexandre, jovem artista da nossa terra, roído pelo bichinho que nos contagiou no amor à festa brava e contando desde já com o seu "placeamento" onde, já várias vezes, tivemos oportunidade de "alternar", solicitou-me estas palavras para no ceremonial de entrega dos "trastes" lhe desejar um clamoroso êxito na sua vida artística.

Mestre José Noel Perdigão
1997




Ver uma obra de Jorge Alexandre é conhecê-lo um pouco.

Ver uma exposição de Jorge Alexandre é tornar-se seu íntimo amigo.

Despe-se de preconceitos nas suas aguarelas, e isso torna-o um Artista de uma dimensão só ao alcance de alguns.

Entende a Aguarela, como Arte maior, e só assim consegue as manchas e transparências seguras que aqui podemos desfrutar.

É evidente que a amizade que nos une, poderia levar-me a determinado favorecimento, pelo que o que é o mínimo que se pode dizer deste artista que ama e retrata Vila Franca.

O Director Artístico do GART
Constantino Agostinho




Auto-didacta, sempre manifestou profundo interesse pelo mundo da pintura, nomeadamente Aguarela. É essa a técnica que Jorge Alexandre assume com maior determinação, um percurso a todos os títulos relevante.

Pinta mais aquilo que sente e menos aquilo que vê. Considera-se um artista figurativo, e será, mas não se perde em questões supérfluas e desnecessárias que prejudicariam e suprimiriam aos seus trabalhos a feição gestualista que os caracteriza.

E aqui fico a pensar na espontaneidade dos seus cavalos e cenas taurinas em movimento que, nalguns casos, são mais sugestões, aparências, sinais ou gestos, do que atitudes concretas ou poses convencionais.

Jorge Alexandre é um artista multifacetado. No retrato, na paisagem, na natureza morta ou como animalista, a sua obra possui já uma dignidade para que o possamos colocar ao lado dos nossos bons aguarelistas.

João Mário

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